quinta-feira, 19 de abril de 2012

OS TRÊS IRMÃOS

OS TRÊS Irmãos
Era uma vez três irmãos: José, Pedro e Manoel. Todos moravam com seus pais, mas com o passar do tempo, seu pai não tinha mais como cuidar de seus filhos, pois eles comiam muito. Um almoço para eles teria que ser um boi com um alqueiro de farinha. José como era o filho mais velho falou para o pai:
_ Sei que o senhor não tem como cuidar mais de seus filhos. Por isso, junto com meus dois irmãos, decidimos que vamos embora. Vamos a procura de um trabalho.
Seu pai muito comovido com aquilo, sem poder fazer nada disse:
_É filho, sei que não posso mais cuidar de você e de seus irmãos. Mas com muita tristeza e dor eu só posso lhe dizer boa sorte.
_Tá bom, pai. Sei que o senhor gosta muito de nós, mas é para o bem de todos. Eu prometo para você que vou tomar conta dos meus irmãos.
Então, José junto com seus dois irmãos, foi embora. Andaram, andaram, andaram... Já quase escurecendo e com muita fome, avistaram uma linda casa.
Pedro falou:
_ Olha uma casa! Vamos até lá para pedir trabalho.
_ Vamos, disse Manoel. E os três foram em frente.
Ao chegar na casa José disse:
_ Ôh de casa! Tem alguém em casa?
De repente saiu um senhor que disse:
_ O que vocês desejam? Posso ajudá-los em alguma coisa?
José como era bem educado disse:
_ Óh senhor, acho que você pode sim, nos ajudar.
_ Pois então fale o que eu posso ajudar. E os ajudarei com muito prazer
_ Bom senhor, é que eu e meus irmãos andamos a procura de emprego e acho que o senhor pode nos ajudar. Mas antes de você falar, quero lhe dizer que a nossa comida é todo dia um boi com um alqueiro de farinha. E hoje como ainda não comemos nada, nós queremos que o senhor já nos desse de comer.
_ Então tá bom. Entre e vamos comer. E nós conversamos. Olhe eu tenho uma mata para derrubar. Posso dar o serviço para vocês. Mas tem uma coisa lá. Dizem que tem um bicho que ninguém sabe o que é, mas se vocês quiserem ir para lá amanhã eu mando ir deixar vocês. Tem mais uma coisa. Isso é uma premiação: “aquele que conseguir matar o bicho se casará com aminha filha”.
_ Ah, é claro que aceitamos!
_ Já que vocês concordam, então vão dormir que amanhã cedinho mando deixar vocês lá.
Então, no dia seguinte eles foram para a mata. Lá tinha uma casinha onde iriam viver. Ao chegar colocaram a carne no fogo e deixaram o Pedro pastorando, e foram trabalha. Pedro se armou de pau e faca e ficou pastorando. Quando, de repente ouviu um berro no mato, que cada vez se aproximava mais. Logo o bicho chegou, bateu na porta e disse:
_ Aqui hoje se come ou não se come?
Pedro que já estava se tremendo de medo disse:
_ Aqui hoje se come faca.
Desapontado o bicho entrou. Pedro lutou, lutou... como não o derrotou o bicho comeu a carne e foi embora. Quando os outros chegaram que procuraram a comida, Pedro disse:
_ Rapaz, veio um bicho e comeu tudo.
_Ah, pois amanhã quem vai ficar sou eu, disse Manoel.
No dia seguinte saíram para o trabalho e Manoel ficou olhando a comida. De repente se ouviu um berro tão feio e um rasgado no mato. Ele já imaginou aquilo. Quando o bicho chegou foi logo perguntando:
_ Aqui hoje se come ou não se come carne?
_ Ontem você comeu mais hoje você não come.
Os dois brigaram, brigaram... o bicho comeu tudo e foi embora. Quando os outros chegaram que procuraram pela comida, Manoel disse:
_ O bicho veio e comeu tudo.
_ Ah, então amanhã vocês vão trabalhar e eu fico pastorando a comida. Quero ver qual é o bicho que vai comer, disse José.
No dia seguinte, Pedro e Manoel foram trabalhar e José ficou pastorando a comida. Logo depois ouviu um berro e a mata se abrindo cada vez mais chegando perto.  Quando de repente o bicho chegou e disse:
_ Aqui hoje se come ou não se come?
José respondeu:
_ Antes de ontem e ontem você comeu, mais hoje aqui você não come não.
Os dois lutaram, lutaram... até que José conseguiu furar o bicho que logo foi embora. Quando os outros chegaram que viram a comida, lá ficaram muito alegres. Foram chamar o seu patrão para ir ver o bicho morto. Quando o patrão chegou que viu o bicho morto ficou muito alegre. E como prometera, fez o casamento de sua filha com José. E os dois foram felizes para sempre.

Contada por Esmeralda Joana Ribeiro e
Escrita por Fernando Márcio Silva
Canafistula, 22/10/2004

Nenhum comentário:

Postar um comentário