quinta-feira, 19 de abril de 2012

O HOMEM AZARADO

O homem azarado
Existia um homem lá pro lado do sertão que tinha uma fama de azarado, ele achava que não.
Certo dia houve uma festa próxima a sua casa. Ele arrumou-se, colocou três reais em seu bolso e foi para a festa. Chegando lá, a entrada da festa custava dois reais. Ele todo cheio de pose comprou um real de cachaça e deixou dois reais para entrar na festa. Quando foi beber caiu no seu copo uma barata. Ele para se mostrar que tinha dinheiro jogou fora a cachaça e pediu outra. Quando ia beber chegou um amigo e bateu o braço no seu copo sem querer e derramou. Foi o jeito gastar seu último real com mais outra cachaça. O amigo bebeu e ele pensou: “O que é que eu faço agora pra entrar na festa?” foi então a um chafariz e molhou-se todo fingindo que estava molhado de suor para tentar entrar na festa de graça. Quando foi entrar o porteiro não deixou. Ele ficou sentado na calçada até liberar a entrada. Lá pelas três horas da manhã ele conseguiu entrar, mas a festa estava quase acabando. Quando olhou pro salão só tinha mais duas mulheres uma gorda e outra magra. Ele convenceu a magra a dançar com ele. Quando foram dançar lhe deu uma dor de barriga. Ele foi ao banheiro, quando voltou a mulher magra já tinha ido embora. Só restou a mulher gorda e ele a convidou para dançar. Quando foram dançar a mulher estava muito bêbada e de tanto rodarem ela vomitou ele todo. Ele muito zangado foi embora para casa. No caminho avistou um riacho e tirou a roupa para se lavar. Quando estava tomando banho veio um engraçadinho e levou sua roupa. Ele saiu correndo pelado. Logo que ia chegando em casa havia uma multidão próximo a sua casa. Para que a multidão não o visse pelado ele saiu correndo. Quando ia passando perto da multidão todos gritavam:
_ Olha o peladão!
Ele jogou um tijolo na multidão.
Ao chegar em casa lembrou-se que a chave estava no bolso da roupa que foi roubada. Ele teve que derrubar a porta para poder entrar. Tomou banho e foi dormir. Quando estava quase dormindo alguém gritou:
_ Azarado! Azarado! Acorda...  Tua mãe morreu!
Ele perguntou:
_ Como foi que ela morreu?
_ Ora, nós estávamos numa reunião, passou um homem correndo pelado, jogou um tijolo e acertou em sua cabeça.
O azarado se sentido culpado, matou-se.

Contada e Escrita por
Oderlândia pessoa morreira
                                                                                                             Cruz, 20/10/2004

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