quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ressalva importante



O trabalho realizado com os alunos do 1º ano do ensino médio foram bem relevantes, principalmente, por ter obtido uma diversidade de possibilidades de trabalhar com o uso das tecnologias. Isso valorizou mais o fazer do aluno, incluindo às atividades pedagógicas os atuais recursos disponíveis e tornando o ensino mais significativo e eficaz, pela troca de experiência e pela vivência de conceitos, práticas e conclusões. Essas novas possibilidades deverão, se expandir cada vez mais, pois se percebe que tanto o ensino como a aprendizagem, acontecem de forma dinâmica, processual e progressiva.

sábado, 3 de dezembro de 2011

PROJETO




A PESSOA IDOSA E A SOCIEDADE ATUAL

          APRESENTAÇÃO:
          O projeto “A Pessoa Idosa e a Sociedade Atual” está sendo direcionado aos alunos do 1º ano médio, turma B, do turno da tarde da escola de EEM São Francisco da Cruz. Por ser estudantes um tanto retraídos para expressar-se em sala de aula, achei por bem lhe propor uma oportunidade de conversar com alguém conhecido e experiente de sua comunidade sobre assuntos atuais e pertinentes ao seu desenvolvimento. Dessa forma a expressão oral e escrita funcionará como um exercício prático de superação dessas dificuldades e oportunidade de utilização de diferentes recursos.


OBJETIVOS:


  • Aproximar relações entre o adolescente e a pessoa idosa;
  • Valorizar o diálogo como crescimento pessoal;
  • Comparar diferentes realidades;
  • Perceber-se participante das transformações sociais.
  • Superar dificuldades de comunicação e expressão.





JUSTIFICATIVA:
          O projeto dá oportunidade ao adolescente de conhecer a pessoa idosa e o que ela pensa sobre a sociedade atual: os avanços, as dificuldades, os desejos e/ou sonhos, o amparo legal ao idoso e suas espectativas da juventude atual, aproximando pensamentos e impressões de uma sociedade em evolução.
          METODOLOGIA:
O projeto se realizará mediante aulas expositivas, reflexivas e debates, além da pesquisa, coleta de dados e informações, produções textuais, e diferentes formas de registros utilizando as TICs.

CRONOGRAMA:
  1. Atividade de pesquisa na internet sobre a terceira idade
  2. Estatuto do Idoso
  3. Entrevista com uma pessoa idosa
  4. Enquete para coletas de dados do perfil das pessoas idosas entrevistadas
  5. Produção textual com impressões, observações, sugestões e conclusões do pesquisador /entrevistador.
          RECURSOS:
          Computador, internet, câmara fotográfica, Estatuto do Idoso, jornal, revista.
PARCEIROS:
  • Equipe da multimeios;
  • Professores do LIE;
  • Membros da comunidade;

AVALIAÇÃO:
A avaliação realizar-se-á através de relatos dos alunos, registros de áudio e/ou imagens e análise das atividades realizadas verificando o nível de satisfação, dificuldades e aproveitamento da turma.



ANEXOS:

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PONTUAÇÃO É TUDO


Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e caneta e escreveu assim:

DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ NÃO AO MEU SOBRINHO JAMAIS SERÁ PAGO A CONTA DO PADEIRO NADA DOU AOS POBRES

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

O sobrinho fez a seguinte pontuação: 
DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ? NÃO! A MEU SOBRINHO. JAMAIS SERÁ PAGO A CONTA DO PADEIRO. NADA DOU AOS POBRES.

A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ. NÃO A MEU SOBRINHO. JAMAIS SERÁ PAGO A CONTA DO PADEIRO. NADA DOU AOS POBRES.

  1. O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:
  2. DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ? NÃO! A MEU SOBRINHO ? JAMAIS! SERÁ PAGO A CONTA DO PADEIRO. NADA DOU AOS POBRES.

  1. Ai chegaram os descamisados da cidade. um deles, fez esta interpretação:
    DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ? NÃO! A MEU SOBRINHO? JAMAIS! SERÁ PAGO A CONTA DO PADEIRO? NADA! DOU AOS POBRES.

ASSIM É A VIDA. NÓS É QUE COLOCAMOS OS PONTOS.

ESCREVER É PRECISO





Escrevo porque à medida que escrevo vou me entendendo
e entendendo o que quero dizer, entendendo o que posso fazer.
Escrevo porque sinto necessidade de
aprofundar as coisas, de vê-las como realmente são...”

A escrita é um ato difícil. Escritores, compositores, jornalistas, professores e todos os profissionais que têm na escrita um instrumento de trabalho, em geral dizem que “suam a camisa” para redigir seus textos. Mas dizem também que a satisfação do texto pronto vale o esforço de produzi-lo.

Há muitas falsas ideias sobre a escrita.

Há quem pense que os que gostam de escrever têm o dom das palavras, e que para estas as palavras “saem mais fácil”. Não é verdade. Escrever não depende de dom, mas de empenho, dedicação compromisso, seriedade desejo e crença na possibilidade de ter algo a dizer que vale a pena. Escrever é um procedimento e, como tal, depende de exercitação: o talento da escrita nasce da frequência com que ela é experimentada.

Há quem pense que é só os que gostam que devem escrever. Não é verdade. Todos que tem algo a dizer, que tem o que compartilhar, que precisam documentar o que vivem, que querem refletir sobre as coisas da vida e sobre o próprio trabalho.

Aqueles que ensinam a ler e a escrever precisam escrever. Por isso, nós, professores, precisamos escrever: porque temos o que dizer, porque temos o que compartilhar, porque precisamos documentar o que vivemos e refletir sobre isso, e porque ensinamos a escrever – somos profissionais da escrita!

Se a escola não nos ensinou a intimidade com a escrita e o gosto por escrever, só nos resta dar a volta por cima, arregaçar as mangas e assumir os riscos: escrever é preciso!

Luiz Fernando Veríssimo, escritor talentoso, declara-se gigolô das palavras e nos incentiva e aconselha*:

“[...] a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis.

[...] Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: Dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. ( E quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover...)

“[...] minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas [...] vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.”

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical de suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquio ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A gramática precisa apanhar todos os dia para saber “quem é que manda”.

Enquanto eu tiver perguntas
e não houver resposta continuarei a escrever”.
Clarice Lispector

DE ESCRITOR PARA PROFESSOR




EXISTE TAREFA MAIS IMPORTANTE REALIZADA
PELA ESCOLA DO QUE ESTA DE ENSINAR A
LER E ESCREVER?

Havia uma desconfiança: o mundo não terminava onde
os céus e a terra se encontravam. A extensão do meu
olhar não podia determinar a exata dimensão das
coisas. Havia o depois. Havia o lugar do sol se
aninhar enquanto a noite se fazia.
Havia um abrigo para a lua enquanto era dia.

E o meu coração de menino sem afogava em desesperança. Eu que nem era marinheiro nem pássaro – sem barco e asa. Um dia aprendi com Lili as letras e suas somas. E a palavra me mostrou como caminhos poderosos para encurtar distâncias, para alcançar onde só a fantasia suspeitava, para permitir silêncio e diálogo. Com as palavras eu ultrapassava as linhas do horizonte. E o meu coração de menino se afogava em esperança.
Ao virar uma página do livro eu virava uma esquina, escalava uma montanha, transpunha uma maré. Ao passar uma folha eu frequentava o fundo dos oceanos, transpirava em desertos para, em seguida, me fazer hóspede de outros corações. Pela leitura temperei a minha pátria, bebi a minha cidade, enquanto, pacientemente degustei dos meus desejos e limites. Assim o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o meu cais, a minha rota. Pelo livro soube da história e criei os avessos, soube do homem e seus disfarces, soube das várias faces e dos tantos lugares de se olhar. No livro soube do Gêneses e no livro leio novos testamentos do percurso. Ler é aventurar-se pelo universo inteiro.

BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS